terça-feira, 13 de março de 2012

UM POEMA DE ANETE VARELA PELO DIA DA POESIA.

ANETE VARELA (IN MEMORIAN)

D I A M A N T E

Anete Varela

Carro de boi, açúcar, rapadura,
Fazem lembrar o engenho Diamante;
Hoje a saudade dentro em mim perdura,
De minha infância que já vai distante!

Nunca existiu em mim dor, amargura,
Quando eu era criança – e, bem galante,
Ia correndo, cheio de ventura,
Pelo capim, macio e verdejante.

Na Casa-Grande, em cada canto, eu via
Um rosto amado cheio de ternura,
A me fitar com risos de alegria.

Já vai longe aquele tempo amigo!
Só me resta, de tudo, a noite escura
Desta saudade que ficou comigo!

***************************
FONTE: Ceará-Mirim Cultura e Arte
e www.nlusofonia.blogspot.com

Nota: O Pema de Anete foi dedicado ao engenho dos seus ancestrais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário