segunda-feira, 12 de março de 2012

SONETO DE UMA MÁGOA DE LAURA - JUVENAL ANTUNES DE OLIVEIRA.

JUVENAL ANTUNES

SONETO DE UMA MÁGOA DE LAURA

(Repartindo com o sobrinho Vicente Ignácio Pereira (*)


Pobre de mim, porque já não me amas
E mais vontade de possuir - te eu tenho!
E, assim, das chamas do desejo venho
E caio do desejo noutras chamas!

Carregarei, contudo, este meu lenho
Com a paciência que mesmo tu proclamas
Porque, vencendo oposição e tramas,
Ganharei o combate em que me empenho!

Hei de, afinal, qual mísero banido
Que volta ao pátrio solo estremecido
Cingir - te nos meus braços novamente!

E ao cume das delícias transportado
Esquecerei o teu rigor passado
Que me pungiu tão dolorosamente!

(*) DOS MANUSCRITOS DEIXADOS POR TIO JUVENAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário