quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

ODE A MANDELA - POEMA DE MARIA DAS GRAÇAS BARBALHO BEZERRA.



ODE A MANDELA



A Mãe África chora, canta, dança;
Consubstancia-se em espasmos,
Soluços e solos de preces;
Agradece irmanada pela coragem,
Luta e abnegação de um negro,
Homem, pacificador, conciliador;

A Mãe África se ergue impetuosa
Como uma onda gigantesca,
Esparramando vozes, sons, lágrimas,
Reverenciando Nelson Mandela.
Mandela o destemido,
Põe fim ao apartheid, a diáspora,
O racismo castrador de supremacia branca.

A África treme com o bater ritmado
Dos pés calçados e descalços;
Embala cânticos e danças
Para seu líder único,
Soberano, imortal.

A África finca âncora no mar e na terra;
Sua história de lutas,
Transborda o cálice de vinho tinto,
De cor da terra, do fogo, do sangue derramado;
A África, Mandela e o povo se irmanam,
Exultam e respiram a liberdade,
Buscada tão vorazmente
Pelos que nunca a tiveram.

A África dos injustiçados,
Foi liberta, conquista igualdade,
Faz ruir a escravidão,
E a exclusão social, econômica;
Ressuscita-se,
Constrói sua nova história,
Sua identidade étnica,
E se faz soberana.

ÁFRICA, tu és o continente nascedouro,
E imorredouro;
És o berço da civilização
E da beleza da criação;

Grandiosa e maravilhosa África,
Terás a honra de receber em teu seio,
Cálido, largo e receptivo,
O corpo inerte de Nelson Mandela,

O Madiba, o extraordinário príncipe negro,
Gentleman, chefe da grande nação africana.
Recebe-o ó África com a suavidade das brisas,
Que ciciam as copas das árvores de tuas florestas;
Recebe-o com a doçura da terra que brota a vida;
Recebe-o com o gorjear de todas as aves do céu,
De todas as vozes da floresta, dos espíritos encantados,
Da grande magia que impera nos troncos e raízes,
Dos teus baobás altaneiros florescendo a noite;
Recebe-o com todos os credos, crenças e crendices,
Que só essa terra sabe valer e perpetuar.

Que viva para sempre Madiba Nelson,
Homem do bem, guerreiro negro, espírito de luz;
Que te sintas em casa Madiba Mandela, em paz consigo,
Velando pelos que aqui deixastes ainda precisados de amor,
De justiça, igualdade e liberdade de direitos.
Que viva para sempre o Senhor dos senhores das lutas  pela igualdade das raças e pelo direito de ir e vir.

“NÃO HÁ CAMINHO FÁCIL PARA A LIBERDADE”- NELSON MANDELA


 Maria das Graças Barbalho Bezerra
Para Nelson Rolihlahla Mandela
Natal, 05 de dezembro de 2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PENÚLTIMA REUNIÃO DA ACLA, EM 10-12-2013, CONVOCADA E DIRIGIDA PELO PRESIDENTE, DR. EMMANUEL CAVALCANTI, NA SALA DE REUNIÕES DO IFRN.

 
DR. EMMANUEL CAVALCANTI
EMMANUEL CAVALCANTI E JOVENTINA SIMÕES
 
OS CONFRADES: JANILSON, JEANE E HELOÍSA.
EMMANUEL, LEDA VARELA, DARQUINHA, GRACINHA E JANILSON.
LUCIA HELENA, CIRO, JOVENTINA E SAYONARA
 
HELOÍSA, LÚCIA HELENA E CIRO TAVARES
DARQUINHA, GRACINHA E JANILSON
JOVENTINA, SAYONARA E EMMANUEL
EMMANUEL E LEDA
DARQUINHA
SAYONARA, DARQUINHA E GRACINHA
A PAUTA DA REUNIÃO, BEM EXTENSA, TEVE EXCELENTES RESULTADOS COMO A COMPOSIÇÃO DE COMISSÕES DE TRABALHO PARA 2014, ENTRE OUTROS ASSUNTOS..

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

CRÔNICA DE GRACINHA BARBALHO - DIA 07 DE DEZEMBRO.


GRACINHA BARBALHO 
DIA 7 DE DEZEMBRO DE 2013

GRACINHA BARBALHO 

 Passados tantos anos as belas lembranças das novenas de Nossa Senhora da Conceição padroeira da minha terra Ceará-Mirim, me acalentaram a noite; por sinal uma noite de verão linda, com vento que soprava suave no patamar da igreja matriz e me desarrumava os cabelos e também minha pelerine. Era a última novena e a igreja estava cheinha de devotos crentes da Virgem Maria no que muito lembrei minha mãe quando me trazia pela mão a todas as novenas iniciadas no dia 28 de novembro estendidas até o dia 07 de dezembro com desfecho final e sacro no dia 08 com a procissão percorrendo as ruas da cidade, parando em alguns locais para reflexões de fé em Nossa Senhora da Conceição. Pela primeira vez na história de Ceará-Mirim uma academia de letras e artes toma parte no ritual da novena como “noiteira”, entre as demais representações locais. A Academia Cearamirinense de Letras e Artes Pedro Simões Neto, representada em sua maioria pelas filhas e filhos da terra assim como, os que a adotaram com sua segunda terra de nascença; a emoção se espraiou em todos os meus poros e as lembranças da família embriagou-me a alma com o cheiro do incenso e o repicar das sinetas. Percebi diferenças nos atos litúrgicos, nos cantos que vinham do coro, nas palmas dos fiés e demais ritos já não mais conhecidos por mim; ouvindo o padre oficiante rezando a novena de Nossa Senhora da Conceição em português acostumada que fui rezá-la em latim, entrei em duelo vocal, num mix de latim e português; que o diga minha amiga contemporânea do Colégio Santa Águeda Joventina Simões (Jojó), que ao meu lado estava; acredito que também se enlevou no processo. Entreolhávamos e ríamos quando o TANTUM ERGO nos fez retroceder no tempo e conseguimos cantar a primeira estrofe em latim. Santas recordações dos terços rezados no mês de maio em louvor a Maria Santíssima no velho Santa Águeda. Terminada a novena saímos em busca dos festejos fora da igreja que já aconteciam com grande participação popular. Por um lado as barracas de comes e bebes, um tanto diferentes das armadas em minha geração que ficavam em frente da igreja, com a banda de música tocando, muitos fogos de artifícios, balões, comidas típicas, os botequins, parque de diversões com seus brinquedos e a famosa “difusora” nos oferecendo músicas enviadas pelos nossos namoradinhos. Senti profundamente a falta da banda de música que na hora da elevação da hóstia tocava vibrantemente enlevando graças e vivas a Nossa Senhora da Conceição. Entretanto, me regozijei com o canto final da novena que por milagre ainda era o mesmo da minha infância e adolescência. 




 HINO Refrão

 Glória sempre a Virgem Santa
 Onde o puro amor se encerra 
Rosa branca o céu encanta 
 Padroeira dessa terra (bis)

 Nossa Senhora/Senhora Nossa
 Porta celeste de áureo fulgor
 A nossa terra, que é também vossa,
 Dai as delícias do vosso amor

 Excelsa Virgem da Conceição
 De olhos contritos para Jesus 
No céu pedindo com devoção
 Pelos que fogem de amar a cruz

 Nossa Senhora, linda Rainha 
 Lírio Sagrado, flor de Jessé 
Se a nossa crença frágil definha 
Fortalecei-a, dai-lhes mais fé.


Crônica de Gracinha Barbalho
 Natal, 10 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


O VALE VERDE GUARDAVA O SEU ABRAÇO PARA AS IMORTAIS DA ACLA. HAVIA EM TUDO UM SILÊNCIO RELIGIOSO REVERENCIANDO O PASSADO.
  
A CIDADE ENGALANADA, LOGO MAIS, NA HORA CREPUSCULAR, DEIXAVA SUAS LUZES ILUMINANDO O CORREDOR CULTURAL ONDE O POVO TENTAVA RESGATAR A FORTUNA ESCRITA PELOS ESCRITORES DE ONTEM E DE HOJE.
  ACLA EM FESTA COM NOVOS SÓCIOS
IMORTAIS REVERENCIANDO O PASSADO, CADA UM COM SEU BUQUÊ DE LEMBRANÇAS.
E NOSSOS MITOS INTERIORES TRAZIAM SUAS VOZES...NÓS SABÍAMOS QUE ELES ESTAVAM POR PERTO...
NUM DOS TERRAÇOS DA CASA-GRANDE DO ENGENHO SÃO LEOPOLDO, DO CONFRADE FRANKLIN MARINHO E DA QUERIDA GRACINHA, UMA PÁGINA DO GRANDE LIVRO SE ABRIA...
MOMENTOS DO PASSADO VOLTAVAM NAQUELE SILÊNCIO...
 SAUDADES DOS QUE SE FORAM ANTES E DO QUE ENCANTOU-SE ESTE ANO E NÃO ESQUECEMOS .
 
AQUI, COMO MAGIA, DUAS MENINAS DO VALE CANTANDO ELEGIAS
CADA UMA VOLTANDO NO TEMPO
O JARDIM E SEU ENCANTO QUE O TEMPO CONSERVA NA MOLDURA DE UM TEMPO IMPREGNADO DE SAUDADE.
UMA CASA SECULAR
 
A JORNALISTA HELOÍSA, DA TV CABUGI, QUE DESEJOU SABER DA HISTÓRIA DA ACLA E DO SEU CRIADOR E PRESIDENTE FUNDADOR - PEDRO SIMÕES NETO, ATRAVÉS DA CONFREIRA QUERIDA E GRANDE ARTICULADORA - JOVENTINA SIMÕES DE OLIVEIRA, ÚNICA IRMÃ DO ALUDIDO...-
UMA HISTÓRIA SEM FIM QUE ESSA GERAÇÃO VAI CONTANDO E DEIXARÁ PARA AS NOVAS 
EM CADA MOMENTO AS PÁGINAS DA HISTÓRIA DESVENDAVA OS CAPÍTULOS...
 TODOS COM UM SÓ PENSAMENTO DE AMOR E SAUDADE AO VALE VERDE QUERIDO
O ALMOÇO DELICIOSO OFERECIDO POR GRACINHA MARINHO, A ANFITRIÃO, MULHER DE MUITOS DOTES CULINÁRIOS E UM EXEMPLO DE SIMPATIA HUMANA.        
DELÍCIA, ALÉM DOS SUCOS, COCADAS...
 
A JORNALISTA HELOÍSA, LINDA, OPTOU PELOS SUCOS, MAS O CÂMERA NÃO RESISTIU AO CARDÁPIO.
GRACINHA E LÚCIA HELENA, SIMPATIA À PRIMEIRA VISTA
 
GRACINHA MARINHO
 
O VERDE DILETO BEIJANDO O MEU ILHAR DE AMOR
 O ENGENHO SÃO LEOPOLDO, NO COMEÇO DE SUA DESPEDIDA
OS BUEIROS PELOS CAMINHOS
 
O SOLAR ANTUNES - 1888 - SEDE DA PREFEITURA
 
A DESCIDA PASSANDO PELO SOLAR E PELO MERCADO, COM O VALE LÁ EMBAIXO
 A ESTRADA PARA OS ENGENHOS OU O QUE RESTA DELES
O VERDE COM O GUAPORÉ RESISTINDO...
A FRONDOSA ÁRVORE DO VERDE NASCE
 
O ENGENHO VERDE NASCE - O GRANDE AMOR DE NILO PEREIRA
 
CAPELA E SUA IGREJINHA RESTAURADA
 
ESCOMBROS DE UM SOLAR SUNTUOSO, DEIXANDO SUA IMPONÊNCIA ARQUITETÔNICA SOBRESSAIR-SE EM MEIO AOS CAMINHOS.
 
"ESTE VALE EXISTE? E O VERDE, É UMA COR OU UM SENTIMENTO"? RUY ANTUNES PEREIRA - ENGENHO MUCURIPE
 
A MATRIZ DE N.SRA. DA CONCEIÇÃO
 
ENGENHO SÃO LEOPOLDO
A LINDA CASA DO ENGENHO SÃO LEOPOLDO
 
EMMANUEL CAVALCANTI (PRESIDENTE DA ACLA), ORMUZ BARBALHO SIMONETTI (PRESIDENTE DO INSTITUTO DE GENEALOGIA) E JANILSON DIAS DE OLIVEIRA, CONFRADE E QUERIDO AMIGO QUE SEMPRE DÁ CARONA À LEDA VARELA E À MIM. HOMEM BOM, SOLIDÁRIO.
(ALGUMAS FOTOS FICARAM RUINS POR CAUSA DO SOL FORTE)
 
MESMA FOTO DE OUTRO ÂNGULO.

 
A CASA GRANDE
UMA CASA DE LEMBRANÇAS FIÉIS
LEDA VARELA E LÚCIA HELENA
UM DIA DE GRANDE FELICIDADE
CADA UM REVENDO O SEU PEQUENO GRANDE MUNDO
ENTRANDO NO VALE
 
O VALE VERDE INDICAVA OS CAMINHOS. AS ÁRVORES ACENAVAM. A VOZ DO TEMPO ECOAVA.
O ENGENHO SÃO LEOPOLDO QUE O GRANDE ORADOR E HISTORIADOR FRANKLIN MARINHO EVOCA COM EMOÇÃO.
 
O RIO CEARÁ-MIRIM
 O CANAVIAL

ESSA É UMA PARTE DE UM VALE QUE NÃO PERDE O SEU ENCANTO