ANETE VARELA (IN MEMORIAN)
D I A M A N T E
Anete Varela
Carro de boi, açúcar, rapadura,
Fazem lembrar o engenho Diamante;
Hoje a saudade dentro em mim perdura,
De minha infância que já vai distante!
Nunca existiu em mim dor, amargura,
Quando eu era criança – e, bem galante,
Ia correndo, cheio de ventura,
Pelo capim, macio e verdejante.
Na Casa-Grande, em cada canto, eu via
Um rosto amado cheio de ternura,
A me fitar com risos de alegria.
Já vai longe aquele tempo amigo!
Só me resta, de tudo, a noite escura
Desta saudade que ficou comigo!
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FONTE: Ceará-Mirim Cultura e Arte
e www.nlusofonia.blogspot.com
Nota: O Pema de Anete foi dedicado ao engenho dos seus ancestrais.
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